quarta-feira, junho 22, 2011

Turn Off

São 7:00h da manhã, o despertador toca, você salta da cama com a sensação de que a noite de sono foi curta e seu cansaço mais uma vez se acumula sobre seus já sobrecarregados ombros.
Você perambula até o banheiro e pratica todo aquele ritual matinal antes de sair de casa com a cara lavada e as vestimentas necessárias de um profissional bem sucedido.
O café da manhã se resume a um copo cheio de cafeína preta pra deixar você ligado durante todo aquele percurso cansativo do trânsito, e quando chega ao seu ambiente de trabalho outra xícara é bebericada para te ajudar a permanecer on durante todas as suas doze horas de dedicação exclusiva.
Então você retorna para casa exausto e sem aquele humor jovial que se perdeu no caos da vida corrida e estressante que você tem levado em nome do status social que alguém disse ser necessário para alcançar aquele lugar com cores almodóvar que você sonhava na época da faculdade.
A gastrite nervosa adquirida pro vestibular se torna mais corriqueira e quando se dá conta que a falta de tempo para visitas regulares ao médico deu lugar a úlceras você se sente culpado por não cuidar de si mesmo, mas logo passa quando olha a sua volta e vê que tem em suas mãos o convite praquele evento V.I.P e o mega (nem tão mega assim) apartamento que conseguiu comprar com todo seu esforço e se sente feliz quando o vento gelado do ar condicionado do seu carro-do-ano-parcelado toca o seu rosto.
Liga o som satisfeito e se deprime quando ouve alguma música que não se restringe a barulho, porque ela fala daquela vida vívida, daquele amor que você não soube dar valor, ou simplesmente acabou, e para se sentir melhor você prefere acreditar que toda aquela fantasia de amor-para-sempre era apenas um estado efêmero que tomou conta do seu espírito na adolescência, e que todas aquelas juras eternas de amor não passam de uma criação quase mitológica de sua criatividade mental que já não existe mais, e se contenta com transas casuais ou com um relacionamento superficial que nada lhe acrescenta, afinal uma conta-corrente gordinha e alguns dias ensolarados nas praias brasileiras ou em Paris ao lado de uma moça ou um moço bonito e um bom passeio nas gôndolas de Veneza dão conta do recado....até o dia em que se sentir mais vazio e suas conquistas não forem capazes de te fazer sorrir, porque de repente tudo se tornou comum demais, corriqueiro demais, sem encanto algum.
É...viver no modo automático parece ser mais fácil, mais rápido...você vai vivendo, sobrevivendo ao caos de tudo sem controle, sente tudo aos atropelos, sem degustar nada, apenas engole e tudo vai passando.... O problema é esse. A vida passa. Não dá tempo de voltar, de refazer, reescrever depois do fim da história.
A página seguinte está branca agora, amanhã já terá sido escrita, então viva de verdade, passeie pela vida de mãos dadas e deixe que ela trespasse você, não permita que os dias passem despercebidos.
Se para isso for preciso parar para se encontrar novamente, estacionar no acostamento da estrada até que o motor pare de esfumaçar, até que você encontre sua rota no mapa de novo, ou reinvente outro lugar para se refazer...não importa, apenas turn off. Pare tudo para fazer tudo e seja feliz, muito feliz, como sempre sonhou.

terça-feira, junho 07, 2011

Qual o tamanho do seu coração?!

Coração não é tão simples quanto pensa, nele cabe o que não cabe na dispensa...cabe nós dois...

Foi com este trechinho de uma música super fofa da Banda Mais Bonita da Cidade que meu coração deu um salto até a garganta...E deu uma vontade enorme de conversar com as entrelinhas dessa música singela que fala tudo da gente...

Eu sou pequena, nem cheguei a 1.70, magina, uso salto alto pra me sentir mais esbelta, e ainda continuo sendo um grãozinho minúsculo neste vasto universo, mas meu mundinho não para de se alongar...tudo porque ele é enorme!

Não existem barreiras geográficas, menos ainda temporais, tudo é retilíneo, mas nem sempre uniforme, nossa fusão levou a uma montanha russa na verdade. Ele ta sempre inovando e me impulsionando, não me quer do lado de dentro, só lá fora...Ele quer mais, quer tudo, abraçar o mundo.

É por isso mesmo que o coração não é nem poderia ser tão simples quanto pensa...o meu pelo menos, não.

Ele é enorme!

Cabe nós dois, por inteiro, sem metade. Cabe até mais, nossos amores juntos, a família que encontramos, a que nos encontrou, a que formamos e a que elegemos, uma vida inteira, a nossa vida inteira. Cabe saudades infinitas, cabe a estrada e a mochila, a casinha de sapê...até aquela cachoeirinha escondida que só a gente avistou.

Na verdade, cabe tanto que de vez em quando é preciso jogar tralhas inutilizadas fora, deixar outros irem embora...ele não pode ficar pesado nem preso, precisa ser leve pra estar sempre naquele lugar alto....atrás do arco-íris, colhendo encantos.

Meu coração é infinito...caberá tudo que de algum modo o faça sorrir.
E o seu?! É pequeno ou maior que o mundo?








quarta-feira, dezembro 08, 2010

Tanta coisa aconteceu desde a última postagem.
Tanto foi dito, sentido, pressentido, ressentido, pensado, repensado...simplesmente vivido.
Tenho tanto a escrever, mas tem faltado tempo para simplesmente parar.
Deixar os dedos correrem soltos pelo teclado ou pelo papel sem preocupar com o prazo a cumprir, sem regras ou normas pré-estabelecidas para obedecer, sem nenhuma lei a observar, apenas ser levada como as águas tranquilas de um riacho, que desde muito andam turbulentas e agitadas por aqui.

E de repente já é quase ano novo, de novo. Mas, dessa vez é diferente. Não houve, nem há espera tenra e planejada. Pela primeira vez na vida tenho a sensação de que tudo passou muito rápido, e talvez, não fossem as indicações de que o natal está aí, que o ano está prestes a acabar, eu correria o risco de passar a virada sem me dar conta de que simplesmente 2010 se foi.

E isso me deixa irremediavelmente arrasada. Não gosto de passar pela vida, aprecio que a vida passe por mim, que andemos juntas por todos os caminhos, sejam eles suntuosos ou não. Gosto de contar o tempo, não como o relógio, mas de ter consciência de que eu vivo e ele passa.

Não assim, tudo acelerado, pular da cama pra resolver os pepinos do trabalho ao ponto do trabalho se tornar a vida e a vida o trabalho. De ter a gastrite sinalizando que está tudo errado, que o ritmo adotado não é nada saudável, que não há o que se pague por um tempo dedicado a simples passeio no parque.

Esse segundo semestre foi como um trem descarrilhado na ladeira mais íngreme. Quanta velocidade! Não tive tempo para analisar o turbilhão de tudo que ficou e ficará em 2010. E no final, apesar de não ficar satisfeita, não sei se isso é bom ou ruim.
Não sei se significa intensidade demais a ponto de não ser sequer totalmente absorvida, ou se é apenas o resultado de dias frenéticos, de noites pouco e mal dormidas, de muito e muito trabalho.

Sinto como se uma vida inteira tivesse sido vivida em um único ano. Estou cansada. Preciso descansar a alma, o espírito. Preciso simplesmente parar...tudo.

Avaliar todo este ano que foi sem dúvida o mais enérgico de todos. Onde os sonhos mais bonitos foram vividos, e os pesadelos mais inesperados assombraram. Onde as ilusões mais doces foram saboreadas, e as tristezas mais profundas lamentadas. Onde o amor mais puro foi compartilhado, e a frieza mais solitária derramada.

Não foram apenas altos e baixos, foi o céu e o inferno, sem opção ao purgatório.

Desejo um 2011 nem menos, nem mais, apenas equilibrado. Em todos os aspectos.

Que assim seja.

sábado, agosto 28, 2010

Ópera


Você já imaginou se a vida fosse uma grande ópera, onde os dramas diários fossem 'libretados' e tudo pudesse ser acompanhado de uma grande orquestra sinfônica? Eu sim, e com certeza a vida seria mais leve, divertida e glamourosa com tanta música, e talvez, alguns dos grandes males pudessem ser evitados, afinal, a música carrega dentro de si essa magia de tocar no fundo de nossas almas.
É assim que me sinto sempre que ouço ou vejo um espetáculo encenado, me sinto teletransportada para outro mundo, outra época, onde tudo é música, tudo é doce, ainda que trágico. E tudo brilha com sol, lá dó outro lado e si, também em mi.


Sei que algumas pessoas não gostam tanto assim, mas talvez não tenha visto alguma que faça suas entranhas estremecerem por dentro e te envolva, quem sabe.
Vou compartilhar algumas cenas das óperas que eu mais gosto...

Les Miserables - At The End Of the Day: http://www.youtube.com/watch?v=u_04HBYmZJo&feature=related


Fantasma da Ópera - All I Ask Of You: http://www.youtube.com/watch?v=xudOSrt72VY&NR=1

segunda-feira, agosto 23, 2010

O lixo e seus caprichos



É um resto, um prego, caixa de remédio
Toco de unha, frasco de perfume, rasgo de tédio

O resto da panela, foto rabiscada, extrato bancário
Sapato estragado, batom acabado, migalhas do salário

Coração em pedaços, cd arranhado, lágrimas no guardanapo
É o trapo, o desgosto.
O gosto acabado, o presente desembrulhado

O finito sem fim do trabalhador assalariado
Da latinha amassada do menino apressado

Das artesãs que transformam o lixo reciclado
Da obra, da peça, da esperança e da promessa

Do lixo usado ao luxo almejado
É a vida. Apressada. Usada. Apreciada

A energia encontrada, a oportunidade escondida
O cuidado no manejo. É o traquejo.

O lixo é do meu, do seu, do nosso jeito.

quinta-feira, maio 27, 2010

Caramba!
Não imaginei que chegaria a tanto tempo sem postar ao menos um pensamento. Mas, também não será agora que vou fazê-lo...vim apenas registrar que o período sabático de recolhimento da alma e da nudez de minhas palavras chegou ao fim, e foi ótimo!

Até breve, bem breve ;)

quarta-feira, julho 29, 2009

Sem Jeito

Não tem jeito. Sou feliz e nostálgica. Curto cada instante. Gosto de perceber imperceptibilidades. Amo as entrelinhas do texto, as sutilezas do olhar e do sorriso. Mas lido mal com as saudades. Não me conformo com o galope do tempo, que some com os meus queridos. Perder dói demais. Adoro álbuns. Revejo fotografias, antigos sorrisos, a saúde inabalável dos que estavam vivos e sei, vou passar o dia acabrunhada. Há lugares que agulham o meu coração.

Não tem jeito. Sou desembaraçada e introvertida. Enfrento os espaços públicos com desenvoltura. Sei falar com uma multidão. Debulho argumentos com a oratória. Comunico e ilustro. Minha dicção é razoável. Disfarço o sotaque. Também transito com certa facilidade em espaços privados. Entro e saio de pequenas reuniões com traquejo. Travo, porém, nos ambientes íntimos. Nutro a sensação de que certos segredos da alma devem acompanhar-me ao túmulo. Gaguejo quando preciso explicar o porquê de alguma atitude. Hesito em abrir os porões da alma.

Não tem jeito. Sou quieta e nervosa. Gosto de ficar em casa, do cheiro do meu travesseiro, de ver a noite engolir o dia, de dias chuvosos, de silêncio. Por outro lado, inquieto-me com pensamentos enlatados. Fico frenética com a tensão das idéias. Discuto com as veias do pescoço. Quero perguntar, seguir adiante com inquietações. Permitir que a navalha da dúvida corte qualquer crença absolutizada por minha preguiça. Gosto de anarquistas, livres pensadores, poetas, trovadores e escritores, que trucidam o texto com metáforas arrasadoras.

Não tem jeito. Sou esperta e ingênua. Sou vidente para perceber a maldade e a leviandade. Mas acredito na amizade de quem jura companheirismo. Tenho intuição feminina para notar hipocrisia. Mas acho que todos os meus conhecidos são leais. Noto lágrimas forçadas. Mas não me protejo do estilete de quem imaginava querido.

Não tem jeito. Sou corajosa e covarde. Ouso e depois tremo. Arrojo e depois lamento. Escrevo, posto e depois choro. Às vezes escrevo coisas que deveria manter escondidas. Para manter o sucesso prematuro, que me fez conhecida de caciques religiosos, eu deveria me amordaçar. Todavia, sou inconsequente. Aceito, tempestivamente e de peito aberto, o ringue dos debates. Acabo destroçado pelos argutos professores de teologia. Recebo a pecha de herege, tola e boba. Ferida, penso em me aposentar. Sumir para um lugar ermo. Desaparecer da internet. Mudar de nome e frequentar o clube literário da cidade; simplesmente viver.

Não tem jeito. Sou teimosa e hesitante. Digo: vou continuar com a determinação do jagunço, com persistência da rendeira, com a dureza do jangadeiro. Pouco depois, quero tirar o site do ar, sair daquele curso que quis tanto entrar. Dizer aos meus muitos críticos que eles têm razão: mereço o fogo mais intenso do inferno; não deveria expor o esforço de ser eu mesma. Tem horas que penso revidar, espinafrar partir para o ataque. Contudo, sem mais nem menos vem a vontade de pedir a todos que tenham misericórdia de mim; como não posso arvorar-me a nada, condeno-me a ser uma eterna aprendiz.

Recebi este texto hoje cedo e foi como ver-me nua frente ao espelho...por isso está sem aspas, com algumas adptações e poquíssimos acréscimos.
Ta aí mais um motivo que me aproxima de tão admirável pastor Ricardo Godim.

Soli Deo Gloria!!!

quinta-feira, julho 02, 2009


Morar em Brasília

Estou morando na capital da corrupção, digo da Nação.
Aquela minha querida cidade grande com ares provincianos ficou para trás. Ficou também o calor humano, a receptividade, a proximidade, das casas, dos lugares, dos laços de amizade.
Brasília não tem essa intimidade, tampouco identidade, é totalmente pró-atividade! Aqui tudo acontece e de onde tudo pode mudar lá fora, com uma simples assinatura no Planalto. Talvez por isso as pessoas aqui sejam tão frias, arredias e andem com tamanha pose nas ruas.

Tudo exala poder, status, posição social, e a maioria sonha com um cargo. Seja político ou estatutário.
Em Brasília não existem apenas os candangos arruaceiros que dão trabalho para a polícia goiana, aqui tem um mundo e é isso que me fascina. Vários são os sotaques e fisionomias que encontramos na rua, o Brasil inteiro está aqui, por isso não é a cidade do “pão-de-queijo” ou da “garoa”, é simplesmente Brasília. Uma miscelânea eclética, o que me permite viver bem dentro desse enorme caldeirão cultural, já que não sou estrangeira em terra de alguém, sou apenas mais uma forasteira em terra de todo-mundo e de ninguém.

Há pouco mais de três meses que estou aqui, e a maioria das pessoas com quem pude me relacionar vem de diferentes regiões e cidades, parece que estou naquela região turística, por isso o próprio sotaque do brasiliense é essa grande mistura fonética, predominantemente nordestina, oxi, uma graça!
Essa é a graça que enche meus dias nessas ruas largas e tumultuadas por carros apressados e mal educados, que se camuflam nos controladores de velocidade espalhados e nas inúmeras faixas de pedestres a cada 1oom, uma loucura. E o que dizer dos viadutos e “tesourinhas” que fazem todo condutor desavisado se perder. Eu mesma já me perdi inúmeras vezes, mas também é fácil se encontrar, ainda bem.

Apesar dos problemas de âmbito pessoal e estrutural, o caldeirão cultural borbulha. Teatros, shows, culinária, exposições variadas somadas aos diversos locais abertos ao público acontecem todas as semanas, sempre existirá uma opção para o ócio criativo no final de semana.

Dizem ainda, que o céu de Brasília é o mais bonito, acho que sim e talvez isso se deva ao fato da cidade se localizar em elevada altitude e em terreno tão plano, um privilégio.
Brasília é assim mesmo, cheia de prós e contras, do tipo que não cabe um “mais ou menos”, e quanto a mim....bem, estamos nos conhecendo.

domingo, junho 21, 2009


“Perante Deus decidimos, que um do outro seremos.”, a isso eu chamo casamento


É quando decidimos dividir nosso mundo com alguém, quando partilhamos da maior intimidade que possuímos, que ultrapassa as quatro paredes que nos aquece, que transcende o físico que nos sela, que se ampara na abertura escancarada da alma, na nudez absoluta de quem realmente somos.
É quando o amor-diário ensina a fidelidade e lealdade que vai além das razões humanas.
É quando a decisão mais importante de nossas vidas tomada sincera e seriamente torna duas vidas e dois corações amalgamados, sem que exista a opção de um “e se não der certo”, ou um “adeus”, simplesmente porque é o abrigo de um amor eterno, que une e preenche, torna uno e plural ao mesmo tempo, uma aliança celestial.
É este amor e essa fidelidade que eu dedico a você meu amado marido, é isto que eu prometi aquele dia no altar.


Com amor eterno, sempre sua,
Thaíse.

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Caos

Nunca pense conhecer alguém tão bem ao ponto de não duvidar de sua índole.
Sempre espere respostas diversas àquelas esperadas.

Nunca, sempre...extremos, humanamente possíveis e previsíveis, mas absolutamente imprecisos e inúmeras vezes indesejáveis.
É verdade que nunca esperamos algo diverso ao qual estamos habituados, ou daquilo que esperamos ou projetamos em nossas relações interpessoais, mas a verdade é que as pessoas sempre nos desapontarão, sempre seremos decepcionados e decepcionaremos...porque simplesmente somos humanos demais para acertar sempre, ou para nunca errar.
A grande questão é saber enfrentar. Passar pelo caos que a verdade escancarada carrega junto consigo. A bagunça que uma omissão descoberta gera dentro de nós, dos nossos conceitos, do nosso "perfeito", do turbilhão que invade nosso mundo e tira os pés do chão, do vão que fica, arrasta, arrasa.

A verdade é sim libertadora, mas nem sempre bonita ou encantadora, pode ser simplesmente sinônimo de caos, onde o caminho para a liberdade de espírito e da alma cabe somente a nós.

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Meu novo dia :)

O celular toca anunciando que mais um novo lindo dia inicia, mas este é diferente, é o meu dia. Por isso acordei mais leve, mais feliz, rindo sem motivo, aliás, pelo motivo de ganhar um ano novinho só para mim, mais 365 dias promissores!
Janeiro é um ótimo mês para comemorar um aniversário, seja porque é o primeiro de um sempre-novo-ano, ou porque não tenho outro para saber, mas a-d-o-r-o meu janeiro, meu começo de ano, minhas mudanças de estações.
Tudo lá fora pode estar sombrio, escuro, cheio de densas névoas...sem brilho, mas aqui dentro tudo brilha com o raiar do meu novo dia!
Achei que com o passar dos muitos anos o meu dia deixaria de carregar tanta magia, mas ao contrário, à medida que o tempo passa mais feliz me sinto comigo mesma, mais à vontade com quem eu sou ou quem vou me tornando, mais tranquila e confortável neste corpo que habito, mais serena com a vida que tece meus caminhos.
É por isso que brindo sorridentemente meus 24 anos!

Ainda sentada na cama, 29, Janeiro, 2009.
Thaíse.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

O Anjo Imaginário

Amizade antiga no tilintar da cantiga
Que a distância vencida cuidou de estreitar
Outrora no vento, entretecida no tempo
Perdida nos ares, mas que o coração não deixou de guardar

Oportunidades perdidas da doce cantiga que parou de cantar
Mesmo calada, suas notas não deixou de velar
Esteve aquecida nos arredores do pensamento
Ainda que um só doce breve momento

Depois que novamente se aproximou
O quebra-cabeça alinhou
Era o tal anjo imaginário que sentenciou:
Relações mudam, sentimentos se transformam
E de tudo, o que fica é um Amigo de verdade
Que não se perde, permanece.




Aos meus queridos amigos que a distância leva, mas que a vida sempre traz de volta!

terça-feira, novembro 25, 2008

"Quando a luz dos olhos meus.."

Hoje passeei pela vida ao som de "Pela Luz dos olhos Teus"...nem preciso de mais lararará...
É só uma alegria que invade...aquela alegria de quando olhamos em volta e nos damos conta de quem temos ao nosso redor, de quanto coisa boa e linda vivemos e estão a nossa frente para serem vividas amanhã...eu só preciso de um céu azul anil e um balão grande...
Let's be happy!

sábado, setembro 20, 2008

Deixando o vento entrar..

Alguém certa vez me disse "abre a janela e deixa o vento entrar".
Hesitada, preponderei: "gosto da vida no seu lugar".
Algum tempo depois decidi..passos firmes e coração na boca, descranquei a janela, mais uns segundos e pronto...escancaradamente aberta para os bons ventos entrarem.
E eis que vieram...tiraram tudo do lugar, os meus pés inclusive...Agora eu só quero voar!

quinta-feira, março 27, 2008

Sentimentalidades

Eu realmente devo assumir. Sou sentimental.
Sou sentimentos e vivo cada um deles em tudo que faço.
Quando fico triste, eu realmente me entristeço. Sinto densas nuvens sobre a minha cabeça, sinto o chão se abrindo debaixo dos meus pés e me sugando para baixo, tudo realmente escurece, choro lágrimas doloridas, e quando dói, dói muito. Profundamente, latejante, e parece que nunca a tristeza vai passar.
Mas, passa...o dia amanhece e lá estou eu sentindo outras coisas, dando outros passos, e quando caminho, sinto até aquelas pedrinhas minúsculas que existem no chão.

Gosto de parar pra apreciar a paisagem, seja ela de concreto ou de ferro, de mato ou de barro..não importa, gosto de sentir o lugar pelo qual estou passando, e de sentir que ele está passando por mim.
Olho intensamente para tudo à minha volta e sinto tudo sendo impresso, marcado com brasa quente. Talvez seja essa a razão de fechar os olhos, lembrar de um lugar ou de um tempo que ficou pra trás, e conseguir sentir o que foi sentido, o que foi cheirado, ouvir o que foi dito como se tudo permanecesse vivo e latente, pulsando quente ainda dentro de mim.

Quando me alegro é intenso. Fico boba, rindo à toa, por nada, de tudo, do mundo! Canto como quem canta, danço como quem dança, e riu em alto e bom som, sem pensar em quem está me observando do outro lado da esquina.
Melhor ainda é andar sorrindo sem que nada de bom tenha acontecido, apenas a doce alegria por estar vivo.
Amo estar apaixonada, mais ainda me apaixonar pelas mesmas coisas, pelas mesmas pessoas porque assim elas não envelhecem, permanecem brilhando, deixam um constante arrepio por dentro do estômago que não me enjoa. E quando estou apaixonada, fica bem estampado na testa..nada aborrece, tudo são flores, e vermelhas diga-se de passagem.
Mas, melhor do que estar apaixonada é amar com paixão. Um amor consciente e sem razão aparente. Que sabe e que deixa de saber no mesmo instante, mas que permanece constante...sentindo assim dá vontade de abraçar o mundo inteiro, e por que não?!

Tenho uma vontade no peito maior do que a minha própria capacidade, e por isso estou sempre iniciando um projeto novo. Seja um desenho, uma carta, uma caixa, um curso, um discurso, uma peça, um grupo..de dança, de arte, de prece...gosto de me sentir parte, de fazer ser parte, de ter a agenda cheia, de desmarcar tudo e ficar de bobeira...assim, bem extrema eu sou.
Mas, eu também me enfureço. Ahhhhh, quando bate aquela raiva revoltante eu falo sozinha, brigo com alguém imaginário e sempre ganho!(hehe), faço cara feia, levanto um bico e fico de mal de meio mundo para logo depois ficar de bem, mas odeio palavrão, é uma falta de respeito e meio que sem perdão (ta, tem perdão sim, mas pra mim algo se quebra), por isso eu só deixo as palavras alçarem voz quando é alguém que realmente ouve, fala e esquece na mesma hora, e eu só conheço 5 pessoas que se encaixam nesse grupo...adivinhem só: pais, irmãos e uma prima! Que coisa...quem menos merece...mas, é tão meu coração que falo, ouço, desfalo e tudo permanece igual..é assim mesmo, sem explicação.

Adoro fazer dengo, cara manhosa e ficar preguiçosa, só pra ter alguém bajulando, e aí me sinto como uma criança desprotegida, arraigada num par de braços que aquece..é tão gostoso sentir necessidade de alguém.. mas, peralá, eu também sei me fazer independente, me sinto gente grande e dona do nariz sempre que precisa e é necessário aqui dentro, e sinto com força, até chego mesmo a acreditar que se fosse preciso poderia viver ali do outro lado do mundo sem ninguém que eu conheça por perto...a gente se vira nos trinta, eu viro, você também, eu aposto.
Eu também sinto uns sentimentos ruins, que me esforço pra se esvaírem bem logo de dentro de mim...tem hora que é bem fácil, basta ouvir uma música, ver alguém, escrever, conversar...noutras é mais complicado e é preciso mais de mim mesma e mais de Deus em mim, porque vocês sabem, sou uma homo sapiens, e é complicado.

Eu sinto saudades, muitas saudades, dói, me faz chorar, rir, ouvir vozes, ver rostinhos e sentir cheirinhos que já não estão mais aqui como antes. Tenho tantas lembranças quanto cabem em meu coração, e como ele é muito maior do que aparenta, existem muitas coisas guardadas. E quando toca aquela trilha sonora no rádio, em casa, no carro, tudo de antes vem para o presente...é aquela boa nostalgia que me faz lembrar o quanto a vida foi boa, o quanto os anos que se foram serão sempre ma-ra-vi-lho-sos!
Também sonho muito. Dormindo ou acordada, não importa...estou sempre sonhando, imaginando algo, tendo esperanças com o amanhã, com as pessoas, com a vida...e são sonhos tão intensos que desencadeiam uma série de reações e sentimentalidades...as minhas sentimentalidades.

Sou alimentada por palavras. Escritas, fonadas, faladas, soltas, cantadas, poetizadas..elas não vão com o vento, entram pelas janelas e ficam do lado de dentro. Mudam meu mundo, meu olhar, meu pensar..
É assim..tudo que sente, que passa pela mente...por isso escrevo das minhas sentimentalidades.



P.S: Enquanto escrevia esse texto, o telefone tocou...era uma amiga com a voz vibrante e feliz do outro lado da linha...a notícia liberou tanta adrenalina dentro de mim que por um momento perdi os sentidos, as mãos suaram e uma força sobrenatural empurrou o brado de vitória pra fora da garganta...EU PASSEI!!!

terça-feira, março 25, 2008


Tudo dentro em mim flutua
Não existe peso de nada, assim como não há prego que se detenha, ou finca que se assente.
Só fluídos, vozes soltas, emaranhados de pensamentos, palavras despregadas, frases sem nexo..
Fecho a porta e me detenho nesse imenso e vasto vão que caminha meio sem chão, sem direção certa, passos desconectos, incertos...
E eis que surge um som diferente, lá fora...um sussuro que veio com o vento..os bons ventos do sul, do norte, do leste e do oeste..ventos que trazem um novo ar, a esperança..
Abro a janela e um raio do imponente sol perspassa todas as frestas encobertas, a penumbra aos poucos dá lugar a uma luz brilhante, é a vida que novamente invade a casa...

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Meus cinco anos...

O início da minha caminhada universitária me dava uma constante sensação de ter caído de pára-quedas naquela segunda opção de curso. Um estranho sentimento de não pertencer àquele mundo de leis que insistia em apresentar-se a mim. Mas, como a estudante dedicada de sempre, nunca deixei a desejar nas salas com acaloradas discussões ética-filosóficas e nas notas que me fazia conhecida pelos professores.
No entanto, era nos intervalos, nas tardes de caloura, nos finais de semana e mesmo no meio de uma aula cansativa que eu e as amigas lindas, Tha e Vivi, que ganhei logo nos primeiros dias, discutíamos nossos dramas psicológicos. Era a faculdade pública que tinha ficado pra trás, a cidade que não se conheceria mais, o curso tão iludidamente desejado que não preencheria mais. Então o que fazer?!
Estudar desesperadamente para outro vestibular não era a idéia mais tentadora, preferimos prosseguir. Juntas, pensamos, seria mais fácil, ao menos mais divertido os próximos cinco anos.
Entretanto, já logo nos primeiros meses foram inúmeras mudanças. Colegas deixando a classe para trás e prosseguindo em busca de outros cursos, outros rumos. Nós permanecemos. Firmes nem tanto, mas unidas, compartilhando os temores, os segredos, as fossas, as alegrias, as vitórias, as provas, os conhecimentos. Algo valeria a pena.
Eu, na minha ânsia de querer mais, acabei fazendo outro vestibular. Estudava no amanhecer do dia, e no cansaço da noite ia para um cursinho relembrar as matérias para o vestibular. Várias foram as aulas que dediquei aos livros de literatura, e minhas fiéis escudeiras me ajudaram a não me perder em tantas matérias. O surpreendente foi ter feito a inscrição para o mesmo curso que eu desejava abandonar...vai ver já estava apaixonada sem sabê-lo. A Federal mais uma vez abriu a portas e alimentou a esperança com a 1° fase, mas me bateu a porta na cara com a 2°.
Decidi esquecer tudo isso e terminar o que tinha começado...ali mesmo, na faculdade particular que nunca pensei em estudar. Odontologia que já não me causava devaneios foi ficando de lado.
Veio então aquela viagem de férias que me fez esquecer completamente da matrícula, me obrigando a mudar o turno. Pessoas completamente diferentes! Até o mesmo ambiente tinha uma outra conotação, era outro mundo. Mas, foi assim que me encontrei com o Direito e ele comigo. Como se tivesse acabado de descobrir a “roda”, fiquei maravilhada! Dediquei horas em um grupo de pesquisa cientifica, projetos...aulas e matérias que me trouxeram outros, diferentes e maravilhosos sonhos. Outra vida. Desconhecida.
Nesse momento de encantamento e descobertas foi quando também fui agraciada por Deus para conhecer o amor da minha vida. Um presente sem precedentes!
As mudanças não pararam por aí...uma das minhas lindas amigas decidiu uma mudança de 360° e foi fazer Engenharia (que loucura!). Ficamos as duas Thas. Ganhamos uma irmãzinha Chialchia pra dividir a estrada e continuamos a caminhada.
Uma fascinante aula, um bom professor, uma estreita porta, um estágio. Um sonho alimentado....um trabalho na área que me mostrou a dantesca diferença entre a teoria e a prática. Entre os livros e a realidade. Uma bela experiência...que foi ainda mais interessante e divertida por poder dividir a sala, os processos e o computador com minha amiga desde antes de tudo aquilo ser.
Mas, eram já tantas mudanças que não ficaram só por aí...fui trabalhar em outro lugar, o estágio ficou pra trás, deixando marcas e saudade. As irmãzinhas também ficaram pra trás, naquela que foi a mais brusca mudança de realidade.
E entre dúvidas, incertezas entre o que fazer, o que valorizar, e no que se apegar, tive mãos e ombros pra me sustentar, os amigos de verdade com quem pude contar naquele momento...
Os grupos de trabalho mudaram, as companheiras diárias também, assim como os horários, os donos dos cadernos emprestados e seus destinatários de empréstimos. Uma beleza só! Uma diversidade de dar gosto.
O contato diminuiu drasticamente, assim como o meu tão precioso tempo, mas isso não impede uma amizade de crescer e se fortalecer, e a distância é a que tão bem é capaz de provar e comprovar os laços que nos ligam uns aos outros.
Foram grandes mudanças, mas que me trouxeram grandes surpresas, muita gente boa pra mais perto de mim, gente nova, amigos que se fizeram conhecidos. Mais riqueza. Uma boa soma, que nem por isso impediu as perdas e subtrações que existiram no começo de tudo isso...o que serviu para crescimento e aprendizado...experiência! Transformações boas.
Hoje, na reta final de mais uma etapa dessa boa dádiva que é a vida, olho para trás e me surpreendo com tantas coisas maravilhosas, tantas mudanças intensamente vividas, sofridas, aprendidas, alegremente inseridas nessa minha trilha. É bom parar pra recordar como vim parar aqui, de onde venho e para onde quero ir...é isso que me faz permanecer. Continuar caminhando mesmo quando o cansaço e a fraqueza se fazem tão presentes..caminhando lado a lado.
Nesse findar de curso, vejo tantos colegas sem rumo...sem saber o que fazer, pra onde ir, o que esperar de si e da vida que modela com outra face. Pessoas que não se alegram com a vitória de terminar uma etapa, mas que se entristecem e se apavoram com uma realidade que começa sem ter definição ainda.
Pensar assim é realmente apavorante. Assim como é o terrorismo que criam em torno da monografia. A pressão é tão grande que o que deveria ser um momento bom para reflexão de um tema que te envolva e te faça aprender e desenvolver, acaba te sugando por completo, esgotando todas suas forças.
Não imaginei que fosse viver algo assim...comecei o ano tão bem, tão empolgada, tão feliz por estar cumprindo mais essa etapa, por estar subindo mais esse degrau. Mas, assim que terminei de escrever, me senti exaurida. Consumida por completo. Uma sensação estranha que só! E talvez pela debilidade do momento, também fui acometida por uma crise-existencial-socrática-pós-moderna-universitária. Algo semelhante ao que já vinha acontecendo em efeito cascata do meu lado, atingindo meus colegas. Atingiu a mim também. Ferida, caída, sem convicção do que fazer, de que carreira seguir, no que realmente investir...foi assim que me senti. Em um labirinto dentro da alma. Dúvidas entre o que fazer, o que ser, e o que buscar para ter o quê.
Estou buscando forças e direção em Deus. Mais uma vez o Aquele que É, me levanta em amor e me incita em buscar nEle o caminho e a direção.
A vida nos dá escolhas, oportunidades, mas somos nós que temos vontades..e elas estão recheadas de temores e incertezas.....Entre o emprego estável e uma vida de mochilas, entre o comodismo e a aventura...é difícil escolher. Decidir entre o que vale a pena viver.
O que eu sei hoje é que esses cinco anos valeram muito a pena. Chego até aqui com a alma leve, com o sentimento de não apenas dever cumprido, mas realização. Uma não-vontade que se transformou numa boa realidade, um bom sonho.
Ainda não sei o que essa vida me reserva nos próximos 5 anos...o que serei, no que me transformarei, aonde estarei, trabalhando com que, ou em que lugar...não que isso me transforme em uma folha seca levada pelo vento, mas me faz crer que por mais que eu tenha uma direção por vontade própria a seguir ou ela esteja sem forma definida pelas sombras dos temores, a vida é inesperada em cada esquina, e sei que impensadas e inúmeras possibilidades podem surgir! O importante é prosseguir e nunca, nunca desistir.
Que venham os próximos anos, e novos desafios.

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Por escolha divina
Em um dia de brado
Eu nasci no cerrado

Em uma terra de mato
Mesmo quando cortada por trilhas e asfalto
Muita lavoura e gado

No meio do povo bonito que fala arrastado
Cresceu a menina de jeito meigo e sotaque carregado
O cordão umbilical está cá, na capital do Estado

Mas a cidade de flores tão grande e encantada
Tão bonita e tão amada,
Já não aparenta mais tão ilimitada
Seus limites ficaram aquém da estrada

Quero agora ter a cidade eleita
Que seja perdida ou perfeita



Garimpar ouro pra lá de além mar
Ver o sol nascer do lado de lá

Nadar em outro rio profundo
Viver a vontade que me impulsiona a estar em outro mundo....

domingo, agosto 12, 2007

Beleza Rara



Um batom provocante, um olhar penetrante,
Uma roupa legal, sapatinho de cristal,
Um vocabulário requintado, o esmalte pintado
Corpo malhado, barriguinha sarada
Um espelho na sala e uma imagem: beleza cara
Os traços, as palavras doces, o nobre coração
Tudo isso já não conta mais
O que basta é ter uma boa imagem
Ainda que seja bem caro sua conservação
Ainda que o abraço fique adiado para não estragar o penteado
Ainda que a chuva não seja sentida para não molhar a roupa preferida
Ainda que o amor não seja demonstrado para não deixar o borrado
Ainda que o amor próprio, aquele que fez Narciso se afogar, fira o meu ente mais próximo
Mas o bom da vida é deixar o vento te despentear
A criança com o doce e o melado te sujar
Deixar o abraço gostoso te apertar e amarrotar
Ser acarinhado pelo gotejar da chuva
E se para isso for preciso sair de casa com aquele vestido de chita,
Com aquele chinelinho de dedo, que assim seja
O que não pode é economizar tempo, sorrisos, abraços
Conversas, lágrimas, poemas, declarações...
Não se pode economizar a vida
Viver a vida assim e desfrutar com equilíbrio e sabedoria é a maior beleza – Beleza rara

Tha.

domingo, junho 17, 2007

Dois meses...

Exatamente dois meses sem postar!
Parece tudo tão abandonado, tão sem palavras, sem vida....
Aconteceram tantas coisas! Tantas boas dádivas e algumas linhas tristes também...
Tantas comemorações..aniversário do jardineiro-regador-da-minha'lma, do dia do grande encontro, do blog! Uma das pessoas mais importantes da minha vida ganhou um lindo ano de vida e eu ganho junto; o encontro mais lindo de duas vidas; e o bloguinho que fez seu primeiro aniversário...
Apesar de não ter tido tempo para postar, nada disso ficou em branco...papel e caneta são igualmente fundamentais para quem ama escrever, mesmo que não seja publicado em lugar algum...ficam expressos, marcados, dispostos nas linhas de algum lugar.
Dois meses...parece tão pouco tempo, mas quantas coisas podem acontecer num curto espaço de tempo! E na sua doce vida o que aconteceu?! Conta pra mim vai...

terça-feira, abril 17, 2007

sou...

Sou o sol, sou a lua
Sou o mar e sua espuma
Sou o campo, sou o rio
Sou sempre ternura

Sou o chão, o vão
O ombro e a mão

Sou a matemática
Sou a história, um poço de memória

Sou a razão, a emoção
Sou a paixão e a canção
Um mosaico no coração

Sou o jardim, a flor,
Sou o amor
A cura e a dor

Sou diversa, multiforme
Com perguntas e respostas

Sou a alma despida de mentiras
Sou a sinceridade em busca da Verdade

Sou humana, sou terrena
Uma efêmera em busca da Eternidade

Sou rasa, intensa
Um sopro de existência

Sou criança e experiência
A ânsia pela sapiência!

Sou a escuridão e o farol
O elo e o nó

Sou a conquista e a derrota
A alegria, o poema e a prosa

Sou a lágrima
Sou a angústia e a paz
A dúvida e a certeza

Um labirinto
Trilhando o Caminho

Sou a súplica e a oração
A culpa e o perdão

Sou a calma e a fúria
O calor e a chuva

Sou o verão, o inverno
Sou as quatro estações
Uma miscelânea de sensações

Sou a presença e a ausência
A saudade

Sou o espelho e a imagem
Gente que sente
Gente do pó
A semelhança dAquele que me deu essa pluralidade
O que É e NEle busco ser.

Viva a complexidade!!

segunda-feira, abril 16, 2007

A grande poesia da vida

Um poema, uma canção.
O papel e a caneta na mão...vejo o que não percebo. Sou eu.
Sem preocupações, sem vestes ou segredos.
O papel é o espelho daqui de dentro.
Revelador, questionador...
E o verso de outro mostra o quão próximos somos.
Humanos num mundo de máquinas.
A poesia traz vida, acalenta a alma.

Deus é o maior de todos os Poetas, o maior de todos os Artistas e nEle está a grande beleza da vida.
Na variedade das cores com que pincelou a natureza.
Na grandiosidade de detalhes que teceu a humanidade.
Quando penso em escrever, lembro do Pai de amor que vivendo exalou amor. Não foi no papel, não foi com as tintas, não foi no palco nem no tablado. Foi na vida.
Maior poesia que essa eu não conheço. É isso que eu quero alcançar...

terça-feira, março 20, 2007

Um juiz arretado


Normalmente as pessoas têm uma idéia equivocada da Justiça. Mas isso, ifelizmente, não decorre apenas da simples ignorância de assuntos jurídicos ou das leis que o norteiam. E sim da inalcançabilidade de muitos juizes, da ganância e das atitudes inescrepulosas de muitos advogados(eu não vou dizer todos, porque de fato não são todos, e se um dia eu for uma, espero que ao menos você que lê e me conhece me tenha como exceção e distinta consideração.rs) e também da falta de tato de muitos promotores. Além é claro, da postergação da efetiva justiça ao caso concreto.

Como o Poder Judiciário atinge os direitos das pessoas, envolve suas vidas, suas liberdades, seus patrimônios, e sua moral, é evidente que o não atendimento das suas necessidades deixa uma lacuna na alma, de que você não foi atendido, seu direito foi desconsiderado.

Mas, existem pessoas que fazem parte desse mundo que fazem a diferença, que se colocam no lugar do outro, que lhe dão não apenas o amparo legal, mas o ombro, e quando eu vejo isso fico extremamente feliz, porque eu sei que a diferença pode ser feita em qualquer meio, e isso alimenta a esperança de um mundo melhor.


Então, vou compartilhar mais uma sentença (que encontrei no Blog do Cardoso hehe) esplendorosa com vocês.


Processo: Número: 0737/05
Quem pede: José de Gregório Pinto

Contra quem: Lojas Insinuante Ltda, Siemens Indústria Eletrônica S.A e Starcell


Ementa: UTILIZAÇÃO ADEQUADA DE APARELHO CELULAR. DEFEITO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO FABRICANTE E DO FORNECEDOR.


Sentença:
Vou direto ao assunto. O marceneiro José de Gregório Pinto, certamente pensando em facilitar o contato com sua clientela, rendeu-se à propaganda da Loja Insinuante de Coité e comprou um telefone celular, em 19 de abril de 2005, por suados cento e setenta e quatro reais. Leigo no assunto, é certo que não fez opção por fabricante. Escolheu pelo mais barato ou, quem sabe até, pelo mais bonitinho: o tal Siemens A52. Uma beleza!


Com certeza foi difícil domar os dedos grossos e calejados de marceneiro com a sensibilidade e recursos do seu Siemens A52, mas o certo é que utilizou o aparelhinho até o mês de junho do corrente ano e, possivelmente, contratou muitos serviços. Uma maravilha!


Para sua surpresa, diferente das boas ferramentas que utiliza em seu ofício, em 21 de junho, o aparelho deixou de funcionar. Que tristeza: seu novo instrumento de trabalho só durou dois meses. E olha que foi adquirido legalmente nas Lojas Insinuante e fabricado pela poderosa Siemens….. Não é coisa de segunda-mão, não!


Consertado, dias depois não prestou mais… Não se faz mais conserto como antigamente!
Primeiro tentou fazer um acordo, mas não quiseram os contrários, pedindo que o caso fosse ao Juiz de Direito.


Caixinha de papelão na mão, indicando que se tratava de um telefone celular, entrou seu Gregório na sala de audiência e apresentou o aparelho ao Juiz: novinho, novinho e não funciona. De fato, o Juiz observou o aparelho e viu que não tinha um arranhão.


Seu José Gregório, marceneiro que é, fabrica e conserta de tudo que é móvel. A Starcell, assistência técnica especializada e indicada pela Insinuante, para surpresa sua, respondeu que o caso não era com ela e que se tratava de “placa oxidada na região do teclado, próximo ao conector de carga e microprocessador” . Seu Gregório: o que é isto? Quem garante? O próprio que diz o defeito, diz que não tem conserto….


Para aumentar sua angústia, a Siemens disse que seu caso não tinha solução neste Juizado por motivo da “incompetência material absoluta do Juizado Especial Cível - Necessidade de prova técnica.” Seu Gregório: o que é isto? Ou o telefone funciona ou não funciona! Basta apertar o botão de ligar. Não acendeu, não funciona. Prá que prova técnica melhor?


Disse mais a Siemens: “o vício causado por oxidação decorre do mau uso do produto”. Seu Gregório: ora, o telefone é novinho e foi usado apenas para falar. Para outros usos, tenho outras ferramentas. Como pode um telefone comprado na Insinuante apresentar defeito sem solução depois de dois meses de uso? Certamente não foi usado material de primeira. Um artesão sabe bem disso.


O que também não pode entender um marceneiro é como pode a Siemens contratar um escritório de advocacia de São Paulo, por pouco dinheiro não foi, para dizer ao Juiz do Juizado de Coité, no interior da Bahia, que não vai pagar um telefone que custou cento e setenta e quatro reais? É, quem pode, pode! O advogado gastou dez folhas de papel de boa qualidade para que o Juiz dissesse que o caso não era do Juizado ou que a culpa não era de seu cliente! Botando tudo na conta, com certeza gastou muito mais que cento e setenta e quatro para dizer que não pagava cento e setenta e quatro reais! Que absurdo!


A loja Insinuante, uma das maiores e mais famosas da Bahia, também apresentou escrito de advogado, gastando sete folhas de papel, dizendo que o caso não era com ela por motivo de “legitimatio ad causam”, também por motivo do “vício redibitório e da ultrapassagem do lapso temporal de 30 dias” e que o pobre do seu Gregório não fez prova e então “allegatio et non probatio quasi non allegatio”.


E agora seu Gregório? Doutor Juiz, disse Seu Gregório, a minha prova é o telefone que passo às suas mãos! Comprei, paguei, usei poucos dias, está novinho e não funciona mais! Pode ligar o aparelho que não acende nada! Aliás, Doutor, não quero mais saber de telefone celular, quero apenas meu dinheiro de volta e pronto!


Diz a Lei que no Juizado não precisa advogado para causas como esta. Não entende seu Gregório porque tanta confusão e tanto palavreado difícil por causa de um celular de cento e setenta e quatro reais, se às vezes a própria Insinuante faz propaganda do tipo: “leve dois e pague um!” Não se importou muito seu Gregório com a situação: um marceneiro não dá valor ao que não entende! Se não teve solução na amizade, Justiça é para isso mesmo!


Está certo Seu Gregório: O Juizado Especial Cível serve exatamente para resolver problemas como o seu. Não é o caso de prova técnica: o telefone foi apresentado ainda na caixa, sem um pequeno arranhão e não funciona. Isto é o bastante! Também não pode dizer que Seu Gregório não tomou a providência correta, pois procurou a loja e encaminhou o telefone à assistência técnica. Alegou e provou!


Além de tudo, não fizeram prova de que o telefone funciona ou de que Seu Gregório tivesse usado o aparelho como ferramenta de sua marcenaria. Se é feito para falar, tem que falar! Pois é Seu Gregório, o senhor tem razão e a Justiça vai mandar, como de fato está mandando, a Loja Insinuante lhe devolver o dinheiro com juros legais e correção monetária, pois não cumpriu com sua obrigação de bom vendedor.


Também, Seu Gregório, para que o Senhor não se desanime com as facilidades dos tempos modernos, continue falando com seus clientes e porque sofreu tantos dissabores com seu celular, a Justiça vai mandar, como de fato está mandando, que a fábrica Siemens lhe entregue, no prazo de 10 dias, outro aparelho igualzinho ao seu. Novo e funcionando! Se não cumprirem com a ordem do Juiz, vão pagar uma multa de cem reais por dia!


Por fim, Seu Gregório, a Justiça vai dizer à assistência técnica, como de fato está dizendo, que seu papel é consertar com competência os aparelhos que apresentarem defeito e que, por enquanto, não lhe deve nada.


À Justiça ninguém vai pagar nada. Sua obrigação é fazer Justiça!


A Secretaria vai mandar uma cópia para todos.


Como não temos Jornal próprio para publicar, mande pelo correio ou por Oficial de Justiça.
Se alguém não ficou satisfeito e quiser recorrer, fique ciente que agora a Justiça vai cobrar.
Depois de tudo cumprido, pode a Secretaria guardar bem guardado o processo!


Por último, Seu Gregório, os Doutores advogados vão dizer que o Juiz decidiu “extra petita”, quer dizer, mais do que o Senhor pediu e também que a decisão não preenche os requisitos legais. Não se incomode. Na verdade, para ser mais justa, deveria também condenar na indenização pelo dano moral, quer dizer, a vergonha que o senhor sentiu, e no lucro cessante, quer dizer, pagar o que o Senhor deixou de ganhar.


No mais, é uma sentença para ser lida e entendida por um marceneiro.


Conceição do Coité, Bahia, 21 de setembro de 2005 Gerivaldo Alves Neiva, Juiz de Direito

quarta-feira, março 07, 2007

Um po$t diferente...


Como já disse em outro e no primeiro post desse meu primeiro blog, comecei a postar o que escrevo por influência de uma amiga minha já presente no mundo dos blogs a bastante tempo, mas hoje recebi um e-mail com uma notícia muito legal, que em míudos diz que se você quer unir o útil ao agradável ou vice-versa, você ainda pode sair lucrando!

Não é uma maravilha?! Posso escrever o que gosto e gostando de escrever como gosto, ainda posso ganhar dinheiro =D

Não...não sou materialista, definitivamente não. Valorizo mais as relações interpessoais e uma vida com Deus, afinal aqui é tudo muito passageiro e sem valor pra eternidade. Mas convenhamos, ele acaba sendo importante para a sobrevivência, e como qualquer outro ser humano só a sobrevivência não nos faz alcançar sonhos, portanto, não é errado querer um pouquinho mais.

Então, quem sabe essa minha pequena janela da alma não seja visitada por mais pássaros e andorinhas que circulam esse mundo internético e me abençoem através de contas polpudas vindas do google?! hehehe...

Acabei visitando um desses bloggeiros profissionais - Blog do Cardoso, como estão sendo chamados, e o cara saiu na tal reportagem que eu li, e apesar do blog dele ser cheio de matérias legais, e embaçar a vista da gente com tannnntos anúncios(deve vir daí a renda do blog), não é assim tão melhor do que o da minha amiga por exemplo.

O que me leva a uma "brilhante" conclusão: Não preciso escrever besteiras, plagiar outras coisas, criticar o governo etc, posso continuar eu mesma e o refletir o que se passa por aqui dentro...o que eu preciso é de mais assiduidade aqui na minha página e de mais visitantes :)

Então, me anuncie hehehe...anunciem ela também :D

segunda-feira, março 05, 2007

O jardineiro fiel e sua pequena flor...


Como pode uma coisinha tão pequenininha causar tamanho impacto na minha vida?!
Talvez pudesse ser pelas cores vivas, ou pela delicadeza, ou mesmo pela beleza. Mas não. Definitivamente não.
A grandiosidade que ela obteve não foi pela graciosidade que ostenta, mas por tão pequena e maravilhosa atitude.
Suas mãos. Sim, as mãos de um jardineiro fiel, que em meio à escuridão de um jardim ofuscado pela sombra da noite e de alguns espinhos, consegue enxergar uma linda flor.
Ele a colhe.
Um gesto de ternura, de amor.
Sim, o maior amor do mundo em uma pequenina e grandiosa atitude.
A melhor e mais bela flor do mundo não tem laços, tampouco celofane, tem mãos. Mãos de um enamorado atento, que sabe bem como regar o seu jardim secreto.

Amo muito você!

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Chuva


O sol que desponta, desaparece
O céu escurece
O vento se intensifica, o clima esfria...
A poeira forma redemoinhos, as folhas caem sem graça e leveza
Um pingo.
As pálpebras se fecham, a menina dos olhos se entristece
Torrentes de águas descem
Lavam a terra, a alma, limpa os olhos e o céu
Desembaça as vistas e apaga os incêndios
Alimenta o leito dos rios, os animais, o corpo e dá vida à alma sedenta
Rega a semente e a esperança sente
Nos faz homens na terra frutífera e humanos na alma fértil
Logo o sol aponta, reaparece
O brilho aquece, o sorriso enlarguesse
A árvore dá o seu fruto e a alma amanhece com um novo rumo
Chuva é vida. É lágrima aquecida.
É um pouco de nós e da nossa loucura
Que ora destrói e ora constrói
É lembrança dos céus e do Pai
De que a mesma água que machuca; é a que purifica. Traz vida.
Seja bem vinda chuva
Venha impetuosa
Venha como o orvalho da manhã
Venha....venha sobre nós.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Meus Natais...


Já se passaram quase dois meses dessa data festiva, data que elegeram para comemorar o nascimento do maior de todos os homens que já pisaram na face dessa terra.

Não pretendo discorrer sobre o que penso dessa data comercil, tampouco sobre sua origem pagã. Quero falar apenas sobre o seu significado na minha vida...


Nunca fui ensinada para acreditar em um bom velhinho de barbas brancas que poderia me dar presentes, caso eu fosse uma boa menina durante o ano.

Desde pequenina fui fui criada com base nos eternos princípios cristãos, e fui ensinada que para ser abençoada deveria obedecer a Deus, o meu Pai de amor, e aprendi depois que obediência tem muito mais a ver com o coração, do que com as ações que se pratica. Obediente é ter um coração sincero, aberto e que diz sim com prazer, e ouve um não com o mesmo prazer, mesmo que não seja agradável, e aí as ações são meras consequências...mas, o assunto não é sobre como ser obediente em dez dias hehehe...

Vou lhes dizer como e quando descobri a importância do natal na minha vida...

Mas, repito, não é pelo significado que carrega, ou pelos efeitos mercantis que gera, mas pela forma mágica, como de uma maneira inexplicável, é capaz de tornar sensível o coração mais duro e reprimido, de tornar a casa da avó tão cheia de tios e primos ao redor de uma mesa farta. Creio que é porque Deus tem o grande poder de transformar coisas ruins e carregadas de simbolismos negativos, em coisas boas.

Assim, mesmo com sua origem tenebrosa, o natal tem de fato um brilho especial e vivo.

A algum tempo atrás eu passei a criticar esse dia natalino, vendo apenas o lado negativo das duas faces da moeda. No entanto, esse último natal, me fez refletir sobre isso, e me levou por uma viagem fabulosa dentro da minha memória...


Era a data mais esperada do ano, depois dos aniversários, claro.

Para mim, ter toda minha grande e numerosa família reunida, ver meus primos distantes e espalhados por esse Brasil, na mesma casa, com a mesma avó era fascinante.

Passar a noite tomando conta da rua, brincando, se divertindo, fazendo suspense com amigo secreto prestes a ser revelado era embriagante.

Depois, com o passar dos anos, a brincadeira na rua foi substituída por troca de segredinhos, risinhos e a eleição, às escuras, dos primos mais bonitos...ah! Lembrar de tudo isso me faz reviver ao menos as boas sensações puras e juvenis! O final da noite era sempre selado com uma oração de graças pra lá de formal, mas que no fundo eu sabia e entendia que aqueles belos e felizes momentos familiares eram graças a Deus. A Ele somente.

Todos esses natais na minha Goiânia querida são como jóias guardadas, como se estivessesm sido descobertas a pouco...Mas, também não posso me furtar das lembranças dos natais em Brasília..lá não tinha tantos primos, é verdade, e os que tinham eram mais velhos do que eu, com interesses sempre diferentes...e aí, a diversão ficava por conta do meu pai, tios e meu vozinho (que saudade eterna!), que pareciam crianças reunidas, unidas, que até hoje, me causa uma admiração sem igual.

Aos poucos, entretanto, me deixei levar pelos pontos negativos, pelos vales tortuosos dessa data festiva.

Mas, esse último natal, com poucas pessoas e longe de uma tão querida e amada, me fez pensar no seu real sentido pra mim...por mais que se critique, que existam erros e falhas, não conheço outra data que seja capaz de unir os distantes, estreitar os laços de sangue, e aquecer o coração dos amantes. Amantes uns dos outros, da vida, e de Deus.

Hoje, as crianças cresceram, alguns em outros rumos, com novas famílias, deixando que as suas crianças lá festejem, ficando a cargo de nós, os crescidos, carregaro o legado e eterniza-lo. Não deixando que essa chama que arde mais nesses dias, se apague, mas que crie labaredas, capazes de iluminar o céu da meia-noite.

Pois, por mais que Jesus Cristo tenha nascido em outra época, Ele pode tornar esse dia 25/12, um belo momento de união e fraternidade para nos lembrar de um projeto seu que jamais terá fim e que deve SEMPRE ser cuidado: a família!

Não pense nesse momento no lado negativo, porque são muitos..como "por que sentir isso apenas uma vez no ano", mas pense no lado bom e positivo, e por que não?!


quinta-feira, novembro 30, 2006

Saia da Rotina! Se liberte!



Já li muitos textos que falavam sobre a importância de sermos flexíveis para mudanças, abertos para novas experiências, dispostos a morrer todo dia, pra renascermos no outro..Também sempre quis escrever sobre isso..A vida é algo tão belo, tão profundo e ao mesmo tempo parece tão inatingível, que quanto mais se escreve sobre ela, mais temos o que dizer...Mas, a falta de tempo tem sido o meu maior problema, por isso vou postar um trecho que me saltou aos olhos de um livro da Cecília Meireles. Lambuzem-se com suas sábias palavras:
.....
"(...) Porque a mocidade é a face mais clara do eterno. Do eterno que só é porque a todo instante deixa de ser. Do eterno que, sendo um só, por essa capacidade de mudar sem se perder, pode ser tudo, ao mesmo tempo, ou de cada vez.
(...) Ora, a felicidade está na libertação. E, se a libertação depende de uma contínua mudança, a rotina é apenas um preconceito e uma idéia falsa de segurnaça e tranquilidade, para os que, temendo o que desconhecem, se limitam a estreitos territórios, onde a ausência de aventuras pode parecer impossibilidade de perigo (...)."
Cecília Meireles
[Rio de Janeiro, Diário de Notícias, 13 de março de 1932].

segunda-feira, novembro 27, 2006

Justiça



Recebi uma sentença poética por e-mail. Pesquisei no site do Tribunal de Minas Gerais, e na comarca de Varginha encontrei o nome da pessoa..só não tenho certeza se é o Rolinha ou se é um homônimo do mesmo. De qualquer forma, a sentença é linda, sábia e poética. E ainda que seja apenas literatura, já não se vê com tanta freqüência assim, por isso estou postando. Coisas boas a gente deve compartilhar. Que esta seja uma lição.

Sentença judicial em verso proferida em Varginha/MG, em 16 de novembro de 1987 por RONALDO TOVANI 1º Juiz de Direito Auxiliar, publicado no Jornal "Gazeta do Sul de Minas":
Poder Judiciário
Comarca de Varginha; Estado de Minas Gerais
Autos nº 3.069/87; Criminal
Autora: Justiça Pública
Indiciado: Alceu da Costa, vulgo "Rolinha"
Vistos, etc..
No dia cinco de outubrodo ano ainda fluente
em Carmo da Cachoeira
terra de boa gente
Ocorreu um fato inédito
que me deixou descontente
o jovem Alceu da Costaconhecido por "Rolinha"
aproveitando a madrugada
resolveu sair da linha
subtraindo de outrem
duas saborosas galinhas
Apanhando um saco plástico
que ali mesmo encontrou
o agente, muito esperto
escondeu o que furtou
deixando o local do crime
da maneira como entrou
O senhor Gabriel Osório
homem de muito tato
notando que havia sido
vítima do grave ato
procurou a autoridade
para relatar-lhe o fato
Ante a notícia do crime
a polícia diligente
tomou as dores de Osório
e formou seu contingente:
um cabo e dois soldados
e quem sabe até um tenente
Assim é que aparato
da Polícia Militar
atendendo a ordem expressa
do delegado titular
não pensou em outra coisa
senão em capturar
E depois de algum trabalho
o larápio foi encontrado
estava no "Bar do Pedrinho"
quando foi capturado;
não esboçou reação
sendo conduzido então
à frente do delegado.
Perguntado sobre o furto
que havia cometido
respondeu Alceu da Costa
bastante extrovertido:
"Desde quando furto é crime
neste Brasil de bandido?"
Ante tão forte argumento
calou-se o delegado,
mas por dever de seu cargo
o flagrante foi lavrado
recolhendo à cadeia
aquele pobre coitado
E hoje passado um mês
de ocorrida a prisão
chega-me às mãos o inquérito
que me parte o coração:
solto ou deixo preso,
esse mísero ladrão?
Soltá-lo; decisão
que a nossa lei refuta
pois todos sabem que a lei
é pra pobre, preto e puta.
Por isso peço a Deus
que norteie minha conduta.
e é muito justa a lição
do pai destas alterosas:
Não deve ficar na prisão
quem furtou duas penosas
se lá também não estão presas
pessoas bem mais charmosas
como das fraudes do INAMPS
das ferrovias engenhosas.
Afinal não é tão grave
aquilo que Alceu fez
pois nunca foi do governo
nem seqüestrou Martines
e muito menos do GAB
participou alguma vez.
Desta forma é que concedo
a esse homem da simplória
com base no CPP
liberdade provisória
para que volte pra casa
e passe a viver na glória.
Se virar homem honesto
e sair dessa sua trilha
permaneça em Cachoeira
ao lado de sua família
devendo ao contrário
mudar-se para Brasília.
P. R. I. e
expeça-se o respectivo alvará de soltura.
(Ronaldo Tovani)

terça-feira, novembro 21, 2006

Conversar é sempre bom....


Conversar é sempre muito bom. Compartilhar a vida, fatos, acontecimentos, histórias, risadas, sonhos, medos, tristezas, alvos, a caminhada.
Mas, muitas vezes ficamos calados e nos deixamos aprisionar pelas frases que não são ditas, pelas palavras que ficam na garganta apreendidas.
Talvez pelo medo de não ser compreendido, ou a vergonha de se mostrar sem capas, sem máscaras, de dizer o que se sente lá dentro, onde ninguém vê, e você pensa e sente livremente.
E aí, as palavras soltas vão se acumulando, vai se tornando um fardo ficar com tudo entalado. Vai ficando difícil sentir tudo sozinho, pensar sem ter ninguém pra acrescentar ou questionar.
Então por que demoramos tanto pra dizer que amamos alguém, demoramos pra dizer que aquela atitude não foi legal, demoramos pra dizer que precisamos de alguém, demoramos pra reconhecer nosso erro e pedir perdão, demoramos pra dizer que o que pensávamos sobre alguém estava errado, demoramos pra sermos livres...
A clausura não tem paisagem, não tem ar fresco..só tem ar quente, abafado e medo..medo de ir pra fora, de abrir os olhos e soltar a voz. Dizer quem você é, o que você sente, o que você pensa.
Mas, às vezes, a prisão foi tão torturante que quando se solta a voz o verbo é tão rasgado e enraivecido que não produz os efeitos que poderia produzir...fere quem escuta.

Então vamos conversar, vamos dialogar sempre, vamos abrir o coração mesmo quando a primeira impressão é de deixar pra lá, quando a primeira reação é dizer esquece. Vamos esquecer essas expressões, vamos abrir a boca, a mente e o coração...mas, quando alguém for conversar que os ouvidos estejam mais atentos..que os dois funcionem para reter e absorver o que é bom.
Que possamos dialogar com quem nunca antes conversamos também...às vezes a primeira impressão é quebrada pelo primeiro verbo que falamos e ouvimos.
Diálogos verdadeiros são libertadores, nos faz enxergar com os olhos dos outros, nos faz pensar e sentir com a mente e o coração do outro, nos faz ir além dos limites que nós mesmos nos impomos, com pensamentos que muitas vezes nem são reais e apenas nos corrói sem dó nem pena.

Que as vozes sejam como poesias cantadas...e as músicas como o canto dos pássaros, e a vida mais florida.

terça-feira, outubro 10, 2006

Sem palavras




"Deixa eu dizer que te amo..."
Deixa eu me perder nas palavras, ficar embriagada em toda essa emoção em tê-lo aqui no meu coração, em fazer morada aí no seu.
Deixa eu ficar sem falar nada, apenas deixar que os meus olhos te digam tudo!
Deixa eu agradecer com um abraço, essa vida tão completa ao seu lado
Deixa eu transmitir a você com um beijo que amei o almoço, que amei o bilhete..que amei você ainda mais.
Deixa eu aqui sem palavras....
E com pequenas demonstrações do maior amor do mundo.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Vôo..



O céu sempre foi um lugar tão lindo de se olhar
Um alvo tão nobre de se alcançar
Sempre com tantos pássaros a voar
Tantos corações apaixonados a planar

Quantas crianças não quiseram ter asas para em alguma nuvem se abrigar?!
Ou quantos não olhando para lá viram um algodão doce no ar?!
No passado foi a torre Babel, no presente os sonhos saíram do papel
Santos Dumond fez o sonho ser possível
E os seus discípulos posteriores o tornaram acessível

Mas, também foi aqui em baixo que vi sonhos despencando
Prédios sendo atingidos
Cidades destruídas
Uma possibilidade se tornar arma de destruição

E mesmo sendo apenas um transporte
Vi uma colisão
Vi famílias repartidas, sonhos enterrados
Lágrimas derramadas, dores apertadas
Me compadeci
E vi mais uma vez a falibilidade do homem...

Por mais que se conquiste terra, céu e mar, segurança absoluta só debaixo das asas dAquele que voa e que jamais cai.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Crescimento...

Ontem foi um dia que fechou um ciclo na minha vida.
Um aninho. Um aninho se passou desde o dia em que tudo mudou.
O ambiente da faculdade, os amigos na hora de fazer um trabalho em grupo, de fazer uma pesquisa, de ligar avisando que o sono tava maior que a vontade de assistir aula, de emprestar e pedir emprestado um caderno, um livro, um ombro.
De sair no meio da tarde para fazer um lanche, uma visita, estar na pré-estréia de um bom filme. Ou simplesmente ter um bom e saudável sono (se bem que este pequeno detalhe já completou outros aniversários de “extinção” na minha vida).
De repente, inesperadamente, tudo mudou!
Já ouviu aquele ditado que diz “cuidado com o que você deseja, pode se tornar realidade”..foi mais ou menos assim que tudo aconteceu.
De um dia para o outro eu vi minha realidade mudar de cenário, de figurantes, de protagonistas.
Outros amigos, outros professores, outro chefe, outros grupos, outra realidade, outras cabeças, outras sentenças, outras pessoas, outros ambientes, outras responsabilidades, outros horários. A mais.
Foi complicado assimilar tudo assim tão rápido.
Foi complicado sair da minha zona de conforto, do lugar e da vida que há tanto já havia me acostumado.
Mas, é assim...o crescimento é assim! O ganhar é assim... Uma conquista é assim.
Primeiro sonhamos, almejamos e quando enfim conquistamos, temos que abrir mão do que antes era o nosso mundinho, o nosso tão precioso chão.
E aí, meus queridos, não é nada fácil. Pelo menos para mim não foi. Se para você é sempre fácil sair de onde está e ir para um outro lugar, me desculpe, mas tenho muito a aprender com você!
Eu encaro tudo na vida como grandes oportunidades, como etapas, como aprendizados, uma caminhada que ora é larga, ora é estreita, ora está extremamente iluminada, ora está escura e apenas as estrelas no céu apontam o caminho...mas, isso tudo é que embeleza a vida! E a faz ser melhor ainda quando temos alguém em quem apoiar, mãos nas quais se amparar, um Deus em quem confiar.
Não foi fácil..dias tumultuados, noites em claro, olhos cheios de lágrimas, sorrisos distantes...
Mas, graças a algumas pessoinhas mui amadas eu perseverei...não desisti. E cá estou eu para contar que valeu a pena!!!
E como valeu!
Hoje o meu mundo é maior, mais diversificado, está enriquecido com tudo o que foi acrescentado, e o que outrora aparentava retirado permanece aqui também e muito mais valorizado.
Só o tempo que anda do mesmo jeito: correndo de mim.
To feliz com o que aconteceu, principalmente com as mudanças aqui dentro de mim.
A vontade de alcançar o que realmente quero é ainda maior, e me fez ser ainda mais persistente!
Obrigada a *todos que me escutaram, que me aconselharam, que me ajudaram a não desistir.

* Não preciso citar nomes...vocês sabem quem são!

terça-feira, setembro 12, 2006

Dialogando...

Peço licença para dialogar...
Tudo começou com a realização de um mero favor, mas que acabou rendendo um dialogozinho libertador.
Claro que não alcançamos Drumond ou Pessoa, mas ficou tão fofo que vou eternizar...e quem sabe assim, ele não apareça e nos presenteia com uma de suas poesias, que pela delonga e o tempo de ausência já deve ter uma pronta.
A veia poética do meu cunhadinho:


Renan: O GRANDE TRABALHO
Não precisa ficar sem graça
É um prazer lhe servir
Mesmo tendo sido de graça
Vai ter sua chance de retribuir
17:1031/07/2006


Thaíse: O GRANDE CHARME
Já me surpreendi
Primeiro com a CF atualizada
Depois com o que descobri
Você com esse ar de mistério
Esconde um charmoso colibri
É um poeta..fala sério!
16:3701/08/2006


Renan: MUDANÇA RADICAL
Não entendo de colibri
Mas agora eu entendi
Quanto à nova carreira
Vou me dedicar a escrever
Sem falar alguma asneira
16:0408/08/2006


Thaíse: A GRANDE REVELAÇÃO
Não precisa saber de colibri
Quando tudo que há dentro de você está prestes a surgir
Dedicar-se às palavras é a mais bela de todas as artes
É trazer à tona um sentimento, um lugar, uma ou algumas partes
Se de alguma forma para essa nova carreira eu contribuí
Fico honrada de vê-lo empenhado em prosseguir!
19:0110/08/2006


Renan: O PARADEIRO
Já que acha que estou sumido
Saiba que estou escrevendo
Quando a cadeira da ABL tiver assumido
Notícias pela TV estará tendo
16:4518/08/2006

Thaíse: EIS A SURPRESA
Suas harmônicas palavras estão sendo aqui registradas
Espero que seja o começo de uma bela caminhada
E que entre autores, contistas, rimadores e toda gama de escritores
Você seja algum que demonstre consciência
Talvez não tenha o tino comercial para a venda literária
Mas que não deixe de expressar e revelar os segredos dessa existência
Que suas palavras tenham o toque magistral de atingir o coração de quem lê
Porque aí sim, meu caro, terás alcançado o que todos tentam entender: o pulsar desse coração que quer apenas viver.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Pausa para pensar em reeleição.



Estamos cada vez mais próximos das eleições, e acho pertinente postar aqui um texto que acabei de receber no meu e-mail.
Com a grande possibilidade do atual presidente vir a permanecer por mais quatro anos no poder, é importante que ao menos você que vem aqui ler, tenha consciência de que alguém com essas características não poderia ser o presidente de uma Nação. Ser o nosso representante aqui dentro e lá fora. É vergonhoso.
Não faço críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não por ser ele, mas pelo cargo que ocupa, pois querendo ou não tem uma posição de autoridade que deve ser respeitada, mas como se candidatou novamente, venho aqui combater a sua reeleição, juntando o meu grito de indignação com o de milhares “revoltados” com o jogo sujo no qual o homem-ideológico-da-esquerda se envolveu.

Diamantina, interior de Minas, 1914. O jovem Juscelino Kubitschek, de 12 anos, ganha seu primeiro par de sapato. Passou fome. Jurou estudar e ser alguém. Com inúmeras dificuldades, concluiu Medicina e se especializou em Paris. Como presidente, modernizou o Brasil. Legou um rol impressionante de obras e amantes; humilde e obstinado, é (e era) querido por todos.

Não vou entrar no mérito da questão, discutir quem foi, ou o lado negro do seu caráter, o que vale a pena ser lembrado e sempre será é o seu legado de uma pessoa determinada a melhorar de vida, que mesmo não tendo condições almejou ser alguém.

Brasília, 2003. Lula assume a presidência. Arrogante, se vangloria de não ter estudado. Acha bobagem falar inglês. "Tenho diploma da vida", afirma. E para ele basta. Meses depois, diz que ler é um hábito chato. Quando era sindicalista, percebeu que poderia ganhar sem estudar e sem trabalhar - sua meta até hoje, ao que parece.

Isso é horrível! Como que podemos aceitar um presidente assumir tal cargo, tal relevância sem se empenhar em melhorar como profissional?! Sem achar que os estudos podem acrescentar na sua vida, seja ela pessoal ou pública?! Nenhum concurso hoje pode ser feito sem no mínimo o ensino fundamental concluído...mas, esse é para quem se contenta em ganhar R$ 600,00 (por mês!). E para o maior cargo de uma Nação, não se exige nada além de idade...deve ser por isso que acha que no vigor dos seus cinqüenta e reticências pode exibir o diploma da vida...Diploma da vida?! Faça-me o favor..muitos jovens de pouca idade têm um diploma de vida muito maior do que o dele, mas que mesmo assim se empenham em melhorar, não só de vida, mas de consciência, aquela adquirida só com a leitura, com a cultura. Hoje, para se ganhar 1.000 reais nesse país, o mais simples dos concursos exige noções das mais diversas áreas. E se você quiser ser alguém reconhecido em sua área, então aí é que você tem que estudar mesmo. Inglês?! É apenas uma das línguas que exigem de nós.
Fazer uma faculdade hoje é gastar no mínimo duas vezes o valor do salário mínimo, ou gastar isso em cursinhos para se entrar numa faculdade pública e se contentar com greves e estruturas arcaicas. Ta explicado porque a educação no Brasil não tem investimento. Afinal, só investimos naquilo que valorizamos.

Londres, 1940. Os bombardeios são diários, e uma invasão aeronaval nazista é iminente. O primeiro-ministro W. Churchill pede ao rei George VI que vá para o Canadá. Tranqüilo, o rei avisa que não vai. Churchill insiste: então que, ao menos, vá a rainha com as filhas. Elas não aceitam e a filha mais velha entra no exército britânico; como tenente-enfermeira, sua função é recolher feridos em meio aos bombardeios. Hoje ela é a rainha Elizabeth II.
Acrescento ainda, que o rei George VI não saiu do país, porque dizia que não poderia abandonar o seu povo em meio a guerra, e a Rainha por sua vez, não poderia abandonar o Rei (lindo isso, não?!).

Brasília, 2005. A primeira-dama Marisa requer cidadania italiana - e consegue. Explica, candidamente, que quer "um futuro melhor para seus filhos".

Claro, ela sabe que no Brasil não poderá encontrar a mesma qualidade no Ensino porque não há investimento. Nem estrutural, nem na formação dos professores. Você não fica enojado com o grande valor que os nossos representantes têm com esse país que tanto amamos e esperamos por melhorias?!

Washington, 1974. A imprensa americana descobre que o presidente Richard Nixon está envolvido até o pescoço no caso Watergate. Ele nega, mas jornais e Congresso o encostam contra a parede, e ele acaba confessando. Renuncia nesse mesmo ano, pedindo desculpas ao povo.

Brasília, 2005. Flagrado no maior escândalo de corrupção da história do País, e tentando disfarçar o desvio de dinheiro público em caixa 2, Lula é instado a se explicar. Ante as muitas provas, Lula repete o "eu não sabia de nada!", e ainda acusa a imprensa de persegui-lo. Disse que foi "traído", mas não conta por quem.

Mesmo assim, milhares de pessoas espalhadas por esse Brasil, principalmente no Nordeste e interior a fora, apresenta o Lula como o candidato que se importou com os pobres, que pôs comida em suas mesas...não os culpo, afinal, como é que podem questionar algo, ou alguém com o estômago vazio?!

Londres, 2001. O filho mais velho do primeiro-ministro Tony Blair é detido, embriagado, pela polícia. Sem saber quem ele é, avisam que vão ligar para seu pai buscá-lo. Com medo de envolver o pai num escândalo, o adolescente dá um nome falso. A polícia descobre e chama Blair, que vai sozinho à delegacia buscar o filho, numa madrugada chuvosa. Pediu desculpas ao povo pelos erros do filho.

Brasília, 2005. O filho mais velho de Lula é descoberto recebendo R$ 15 milhões de uma empresa financiada com dinheiro público. Alega que recebeu a fortuna vendendo sua empresa, de fundo de quintal, que não valia nem um décimo disso. O pai, raivoso, o defende e diz que não admite que envolvam seu filhinho nessa "sujeira". Qual sujeira?

Tal pai, tal filho.

Nova Délhi, 2003. O primeiro-ministro indiano pretende comprar um avião novo para suas viagens. Adquire um excelente, brasileiríssimo EMB 195, da Embraer, por US$ 10 milhões.

Brasília, 2003. Lula quer um avião novo para a presidência. Fabricado no Brasil não serve. Quer um dos caros, de um consórcio anglo-alemão. Gasta US$ 57 milhões e manda decorar a aeronave de luxo nos EUA.

Não, nossa tecnologia não é suficientemente boa para acomodar o presidente do Brasil. E o que são US$ 57 milhões de dólares para uma Nação recheada de analfabetos, analfabetos funcionais, milhares de pessoas abaixo da linha de pobreza?! Milhares de desempregados?! Não é nada, não é mesmo?!
Isso, sem mencionar o aumento (depois de mais de oito anos sem reajuste) super-hiper considerável de 13% dos servidores públicos, que retirando as garantias que já possuíam, não mudou nada mais, nada menos que 1%...aplausos pra ele.

Que Deus tenha misericórdia desse nosso país, e nos dê um governante de caráter ilibado, de coração incorruptível, de temor e tremor diante de Deus. E se esse alguém ainda não existe que Deus o crie.